3 versos de Manuel Bandeira

«A filha do usineiro de Campos / Olha com repugnância / Para a crioula imoral.» 

«Não sei dançar» Os Melhores Poemas de Manuel Bandeira (1984) / 

/ Poezz -- Jazz na Poesia em Língua Portuguesa (ed. José Duarte e Ricardo António Alves, 2004)

2 versos de Sophia de Mello Breyner Andresen

«Onde -- ondas -- mais belos cavalos / Do que estes ondas que vós sois»

Musa (1994)

6 versos de Sebastião Alba

«Poema num comboio / percorrendo todos os versos / fragorosamente // acordo / da emoção nos trilhos / pela noite continental»

 «Em viagem», A Noite Dividida (1996)

5 versos de Correia Garção

«Ao tempo estão sujeitas as palavras: / umas se fazem velhas, outras nascem; / assim vemos a fértil Primavera / encher de folhas ao robusto tronco, / a quem despiu o Inverno desabrido.» 

Obras Poéticas (póst., 1778) / M. Rodrigues Lapa, Poetas do Século XVIII (1941)

1 verso de Vergílio Alberto Vieira

«Entre feridas brumas, um muro branco branco escorre do sol.»

 Coágulos (2002)

4 versos de Teixeira de Pascoais

«Sem esta terra funda e fundo rio, / Que ergue as asas e sobe, em claro voo; / Sem estes ermos montes e arvoredos, / Eu não era o que sou.»

As Sombras (1907) /

/ Antologia Poética (edição de Ilídio sardoeira, 1977)

1 verso de Manuel Bandeira

«-- Eu faço versos como quem morre.»

 «Desencanto», A Cinza das Horas (1917) / 

Os Melhores Poemas de Manuel Bandeira, 

ed. Francisco de Assis Barbosa (1984; 4.ª ed, 1986)

5 versos de João Miguel Fernandes Jorge

«Por vezes as cartas geográficas representam / uma aldeia marítima entre rochas / muros brancos / onde uma criança desenha um barco esconde / o mar.» 

Alguns Círculos (1975) / A Pequena Pátria (2002)

3 versos de Gomes Leal

«Quantos há que passaram entre as turbas, / Os felizes do mundo, as alegrias, / E ninguém os viu rir!» 

«Trevas», Antologia Poética (s.d.) 

(ed. Cecília Barreira)

2 versos de António Barahona

«Perfeito o horizonte se descerra / tecnicamente pela mão de Deus» 

Noite do Meu Inverno (2001)

2 versos de José Fernandes Fafe

«Na noite da consciência / versos só podem ser pragas.» 

 «Sonetilho velho e actual», A Vigília e o Sonho (1951)

2 versos de m. parissy

«os cigarros são fumados com a promessa / de que o fumo não acabe»

«viagem de comboio com poemas do zé petinga», Cafurnas (2002)

4 versos de Rui Pires Cabral

«Chega ao fim do dia / a hora mais lenta, quando o céu / é vago e as luzes se acendem / no prédio da frente.»

«"I felt that it was all unreal."», Oráculos de Cabeceira (2009)

2 versos de Florbela Espanca

«Por que me lembrais, ó olhos, / A minha imensa saudade?»

Antologia Poética  (ed. Fernando Pinto do Amaral, 2002)

3 versos de Rui Knopfli

«Servidor incorruptível da verdade e da memória, / escrevo sentado e obscuro palavras terríveis / de ignomínia e acusação.» 

«Proposição», O Escriba Acocorado (1978)

3 versos de Cristóvão de Aguiar

«e agora ao chegar à fechadura / arranco estes botões de velha agrura / e grito -- é doce amar-te na berma dos cinquenta.»

 «Na orla dum soneto», Sonetos de Amor Ilhéu (1992) 



5 versos de José Pascoal

«Dedico este poema aos foragidos, / Àqueles que saem à noite e não voltam, / Aos animais que ninguém pode domesticar, / Aos objectos que se partem / Sem que ninguém os toque.»

«Dedicatória», Sob Este Título (2017)

3 versos de Rui Almeida

«Imagina o que serás amanhã, daqui / A seis meses, ao fim de um século, não / Gastes o instante: o agora é nunca. [...]»

Muito, Menos (2016)

3 versos de Eugénio de Andrade

«Noite, / noite velha / nos caminhos.»

 «Nocturno», Primeiros Poemas (1977)

3 versos de Luís de Miranda Rocha

«E tudo arde o ar que queima é obscuro é luminoso / O real anda num furor da tarde cai a luz difusa / O real queima o ar que arde a vaga forte a luz intensa»

Os Arredores do Mar, os Subúrbios da Noite (1993)

2 versos de Mário de Sá-Carneiro

«Afronta-me um desejo de fugir / Ao mistério que é meu e me seduz.» 

Partida», Dispersão (1914) /

/ Poemas Escolhidos (ed. Clara Rocha, s.d.)

5 versos de João de Deus

«Não sei que luz vaga, / Mas íntima luz, / Que nunca se apaga, / Me inunda, me alaga, / Se os olhos lhe pus!»

 «Amor», Campo de Flores (1893) 

4 versos de Alexandre O'Neill

«À tua mãe o marfim crucificado / ao teu pai o vício mais ronceiro / e a quem quiser / os lindos pentes da virtude» 

«Deixa», Tempo de Fantasmas (1951)

5 versos de Sebastião da Gama

«Mocinha escondida / por trás da janela / -- quanto mais não vale / a rosa encarnada / que a rosa amarela!...»

«Janelas de Estremoz», Pelo Sonho É que Vamos (póst., 1953)